SAPATA CORRIDA: UMA FUNDAÇÃO VERSÁTIL E ECONÔMICA
Fonte: https://www.mapadaobra.com.br
As sapatas são elementos estruturais que se localizam na base da edificação, podendo ser abaixo do solo ou na sua superfície, tem como finalidade receber todos os esforços exercidos pela estrutura e dispersá-los no terreno.
Antes de decidir qual tipo de fundação qual material utilizar, é necessário uma sondagem no terreno a ser construído. Analisar o tipo de solo e sua resistência, é fundamental, pois este elemento estrutural deve ser construído de forma que suporte todas as cargas solicitadas e não sofra deformação e nem prejudique o solo que está apoiado.
Há quatro tipos de sapatas que podem ser utilizadas em uma obra: sapata isolada, sapata corrida, sapata associada e sapata com viga de equilíbrio. Neste post falaremos sobre a sapata corrida.
O que é sapata corrida?
Trata-se de um tipo de fundação contínua que recebe a carga das paredes e apoia-se diretamente sobre o terreno. Têm formato de viga e pode ser feita de concreto simples ou armado, solocimento e canaletas. Construída sobre uma camada de concreto magro, a sapata corrida com blocos de concreto tem dimensões que dependem do porte da obra.
Quais as vantagens?
As vantagens das sapatas como fundação são:
- Baixo custo
- Versatilidade
- Rapidez de execução
- Capacidade de construção sem peças e ferramentas especias no canteiro.
- Pode ser executada com pouca escavação e baixo consumo de concreto.
Passo a passo
É necessário ter conhecimento para realizar a sapata corrida em uma obra, porém, é importante saber como e quais materiais são importantes para a sua realização.
1º passo
O passo inicial é abrir uma vala de 20 cm de largura além da espessura das paredes que serão construídas. A largura total da vala não deve ser inferior a 40 cm, nem deve ultrapassar um metro.
Se o terreno for inclinado, a vala deverá ser cortada em degraus, considerando uma linha imaginária de 10% de inclinação. Depois, é preciso amassar o fundo da vala, para que sua superfície fique compactada e uniformizada. Em seguida, piquetes são cravados ao longo de sua extensão – eles servirão de referência para que o lastro de concreto fique nivelado e uniforme. Na sequência, é jogada uma camada de 10 cm de brita no fundo da vala, que será bastante socada, até que penetre na terra.
Paralelamente, é montada a armadura, posicionando os estribos, que ficam amarrados em barras horizontais com arame recozido, no espaçamento determinado pelo projetista. As fôrmas da sapata também são preparadas, com tábuas, sarrafos e desmoldante.
2º passo
Depois de posicionar a armadura na vala, começa a concretagem, adensando bem o concreto com barra de aço após o lançamento de cada lata. Para eliminar bolhas de ar, utilize um vibrador e alise a superfície com uma colher de pedreiro. O procedimento de cura úmida do concreto segue por três dias. Para manter a umidade constante, é preciso molhar com água, sem encharcar, duas vezes ao dia, em média. Se o clima estiver muito quente e muito seco, pode ser necessário adicionar água outras vezes.
3º passo
Após 24 horas de realizada a concretagem, já é possível iniciar a execução da alvenaria de embasamento, assentando sobre a sapata os blocos de concreto, com argamassa de assentamento. Um nível ou mangueira transparente farão a checagem nos cantos. Após os três dias, as fôrmas são retiradas e executa-se uma cinta de amarração, na última fiada da alvenaria de embasamento, antes da parede da casa. Por fim, é preciso impermeabilizar o baldrame.
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