ATERRO

A Usina Hidrelétrica Belo Monte, que está sendo construída no Rio Xingu, no Estado do Pará – em plena floresta amazônica – está a todo vapor e vai gerar 11.233 MW utilizando um reservatório de apenas 502 Km² de área.
A obra, que conta com maquinários locados pela MP Terraplenagem, está trazendo 7.000 novas oportunidades de emprego para a população, que passará a ter melhorias no saneamento básico e moradias. Na região de Altamira, as famílias que irão realmente ser movidas por conta deste projeto vivem em condições muito precárias.

Mas, graças ao investimento de algo em torno de R$ 3,5 bilhões, como compensação social e ambiental, estas famílias vão poder morar em casas construídas de tijolo e cimento. A segurança da navegação do Rio Xingu está sendo reforçada pelo Consórcio Norte Energia com um vídeo institucional que explica o passo a passo das rotas de navegação que sempre são criadas nos períodos de cheias, ou seja, no Inverno, que é como vai ficar o Rio Xingu após o enchimento dos reservatórios de Belo Monte.

A Estação Conversora (EC) CA/CC, instalação associada à linha de transmissão CC+- 800 KV Xingu – Estreito, que está sendo implantada junto à Subestação Xingu, no município de Anapu/PA, representa a maior tensão já utilizada para transmissão de energia elétrica no Brasil, superando a linha de Itaipu de 765 kV em corrente alternada.

A utilização deste elevado nível de tensão e do sistema de transmissão em corrente contínua tem como objetivo reduzir as perdas decorrentes do transporte de energia.
O método da corrente contínua traz algumas vantagens em relação às tradicionais redes de transmissão alternada como custo de instalação menor nas torres, não gera interferências nem ruídos e não há necessidade de compensação reativa.

A terraplenagem foi realizada numa área de 226.000,00, sendo 60.000,00 m² de supressão vegetal com afugentamento de fauna.
Foram executadas a raspagem e a limpeza da camada vegetal de toda a área do terreno em 67.000,00 m³; foram cortados 320.000,00 m³ de material de 1ª categoria e aterrados 200,00 m³ a 98% do PN.
Outros serviços realizados incluíram também drenagem superficial com drenos cegos provisórios, dissipadores com enrocamento de pedra, canaleta meia cana, tubos, caixas de passagens e vala de captação de águas de lençol freático.

O início da obra, incluindo mobilização, se deu no dia 9 de novembro de 2015, sendo que a entrega da terraplenagem foi feita em 22 de dezembro e a entrega da drenagem está prevista para 10 de fevereiro de 2016.
O desafio maior foi o de executar os trabalhos de terraplenagem dentro de um prazo de 40 dias, para fugir do Inverno chuvoso do Estado do Pará. Por isso, a obra aconteceu durante 40 dias consecutivos, chegando a um pico de 140 pessoas divididas trabalhando em 3 turnos por 24 horas por dia.